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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Desperate Housewives – balanço da temporada

Desperate Housewives
Quando a sexta temporada de Desperate Housewives terminou, deixando o gancho para a próxima, podíamos ter uma ideia do que viria pela frente. Após alguns erros e vários acertos, Marc Cherry, criador da série, parece ter reunido a fórmula do sucesso do primeiro ano e colocado em prática neste sétimo.

Os elementos estão todos lá: mistério, Paul Young (Mark Moses) com sede de vingança, uma nova dona de casa, tramas bem elaboradas para cada protagonista, uma tentativa de assassinato…  Não há como negar que, para os fãs da série, a nova temporada soa como o encerramento de um ciclo iniciado há sete anos.

Desde a fraquíssima da quinta temporada, Cherry,  tem se esforçado para recuperar a credibilidade do programa. O sexto ano foi razoável, com uma trama convicente envolvendo os italianos e alguns mistérios solucionados de forma digna. A temporada seguinte, e atual, vem com uma dose de nostalgia, já que traz personagens importantes dos primeiros anos e, além disso, conta com histórias paralelas que prendem a audiência de forma como há muito tempo não acontecia.

Desperate Housewives
A entrada de Vanessa Williams, a Wilhelmina da cancelada Ugly Betty, trouxe um ar fresco, já que muita gente que assistia à série migrou para Desperate Housewives apenas pela presença da atriz. O ritmo com que os episódios têm sido apresentados também são um diferencial. São poucos os que não possuem um clímax tanto de comédia como de drama para cada uma das protagonistas.

Sobre o ‘evento’ da temporada, ficaram de fora desastres naturais e quedas de aviões em meio a festas infantis. Cherry preferiu algo muito mais humano: o conflito interpessoal. Em um dos melhores episódios da série, o criador de Desperate uniu todos os fios e histórias paralelas culminando em um cena com centenas de pessoas descontroladas no meio de Wisteria Lane. Dali saiu, obviamente, consequências para cada uma das personagens. Susan (Teri Hatcher) acabou sendo pisoteada pela multidão e precisou realizar uma séria cirurgia para retirada de um de seus rins, Lynette (Felicity Huffman) teve sua amizade com Renee (Vanessa Willians) colocada à prova, Gabrielle (Eva Longoria) demonstrou todo seu amor à filha tentando salvá-la, Bree (Marcia Cross) percebeu que é verdadeiro o sentimento por seu namorado, Keith (Brian Austin Green). Além de todo clímax reunido, Cherry optou por uma artimanha à moda do novelista brasileiro Silvio de Abreu: uma tentativa de assassinato e o mistério de quem atirou em Paul Young. Por mais ou menos tempo que leve para desmascarar o suposto assassino, não há como negar que a adição deste mistério à trama foi bastante eficiente.

Desperate Housewives
Com a aparição do último personagem que faltava para encerrar o ciclo iniciado na primeira temporada, Zach Young (Cody Kasch), Cherry dá mais indícios de que esta poderá realmente ser a última temporada da série. Acrescenta-se a isso a notícia de que a série, até o momento, não foi renovada pela rede americana ABC, ao contrário de outros sucessos do canal como Grey’s Anatomy e Private Practice.

Desperate Housewives caiu nas graças do público por ser um programa família, com tramas muitas vezes açucaradas, sem fugir do politicamente correto. É injusto, contudo, dar qualquer tipo de tratamento desmerecedor ao programa, como não raro é feito por alguns fanáticos por séries. Para o bem ou para o mal, se este realmente foi for o último ano, a história das donas de casa mais queridas da televisão encerrará sua trajetória de forma digna e convincente. Ou alguém ainda tem dúvidas de que este ano será um dos melhores da série?

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