Se considerarmos que A Fazenda e O Aprendiz também são Realities Shows da Rede Record não é nenhum absurdo a afirmação que Ídolos é o melhor Reality da emissora. E é, sem qualquer sombra de dúvida entre estes programas, o mais atrativo, interessante e charmoso para se acompanhar, do ponto de vista do telespectador que precisa ser conquistado para passar meses assistindo a determinado programa, principalmente quando se trata de um formato assim.
Quando trocou de emissora – deixando o SBT e migrando para a Record – o formato de sucesso em praticamente todos os países do mundo, mas consolidado como um fenômeno de audiência e de apelação crítica, Ídolos deixou uma pulga atrás da orelha de público e críticos brasileiros. Se a emissora de Sílvio Santos havia conseguido relativo sucesso apenas na primeira edição e, depois, se perdido completamente, uma mudança brusca na produção, apresentador e, principalmente, jurados poderia causar estranheza. E houve.
Hoje, com o formato consolidado na emissora do Anhanguera, este não é mais o principal problema do Reality que tem a audiência mais qualificada e satisfatória entre todos os formatos que passam ao longo do ano na Record. É evidente que o público se agrada com o programa, com a metodologia encontrada pela produção para atrair o público e também com as diferenças para o original, dando o famoso toque de brasilidade, tanto é verdade que a audiência corresponde.
Porém, a função de um programa ao estilo Ídolos não é apenas dar audiência satisfatória, é transformar-se em fenômeno, pois somente assim, o vencedor terá qualquer chance de se manter na mídia por tempo suficiente. É assim que ocorre nos EUA, o programa é o mais visto no país enquanto está no ar e, o vencedor, invariavelmente se torna fenômeno de vendas assim que lança seu CD (como ocorreu com Kelly Klarkson).
A estratégia de Ídolos no Brasil não é esta. Claramente a Record não tem qualquer interesse em eleger o “novo ídolo do Brasil”, o único interesse é entreter e chamar a atenção do telespectador na briga por números de audiência e obter resultados satisfatórios vencendo a concorrência. Não há qualquer chamariz que leve o público a se envolver com o programa e, principalmente, ter qualquer afinidade com os participantes.
Portanto, não é perseguição ou exagero afirmar, sem sombra de dúvidas que Ídolos não é um Reality Show, é apenas um programa de entretenimento legal, e mais nada.
Daniel César
TV x TV
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