Páginas

terça-feira, 8 de junho de 2010

Tadeu Schmidt comemora sua segunda cobertura de Copa do Mundo

Tadeu Schmidt avisa que quadro “Bola Cheia, Bola Murcha”, exibido pelo “Fantástico”, vai ganhar uma versão especial para a Copa do Mundo 2010

Agradar aos públicos distintos que se reúnem a cada domingo em torno do “Fantástico”, da Globo, não é tarefa fácil. Mas, desde que começou a ocupar o posto de narrador dos gols da rodada no programa dominical, Tadeu Schmidt vem conquistando algo próximo da unanimidade. Ainda mais em se tratando de futebol — assunto que, à primeira vista, faz parte de um universo quase completamente masculino.

Só que, graças à sua maneira descontraída de abordar o tema, o jornalista está tendo a chance de comprovar que a realidade não é bem essa. “Se uma mulher falasse para mim que não via futebol e passou a acompanhar por causa do quadro do ‘Fantástico’, já valeria minha carreira. Mas é rotina ouvir isso nas ruas”, garante. O formato inovador, no entanto, teve antecessores. Os repórteres Tino Marcos, Marco Uchôa e Régis Rösing levaram para a TV matérias com linguagens mais elaboradas.

“Era totalmente diferente do que se fazia antes. Depois eu vim e dei meu toque. É uma evolução constante”, explica. Tadeu pretende inovar também na cobertura da Copa do Mundo 2010, na África do Sul. O comentado quadro “Bola Cheia, Bola Murcha”, exibido pelo “Fantástico”, vai ganhar uma versão especial para o mundial. “Não posso dizer exatamente como vai ser, mas vai ter um ‘Bola Cheia’ e ‘Bola Murcha’ da Copa sim”, despista.

Além disso, o apresentador, que embarcou no último dia 2, participou de workshops sobre a África e ainda recebeu um extenso material de pesquisa sobre a história das Copas. Tudo para ancorar o dominical de lá e ainda produzir uma série de reportagens especiais. “Vou apresentar o ‘Fantástico’ em frente a algum estádio ou ponto interessante, que vai variar a cada domingo”, adianta. “Normalmente, faço matérias de comportamento, mas quero fazer futebol também. Estou lá para o que precisarem”, acrescenta.

Em sua segunda cobertura de Copa — a primeira foi em 2006, na Alemanha –, Tadeu diz sentir-se seguro. Afinal, ao contrário do que muitos devem imaginar, ele não precisa dominar completamente tudo que diz respeito a futebol. “Meu papel é contar histórias. Claro que não posso ir alienado, mas não preciso ser um especialista. Embora, evidentemente, saiba mais do assunto por acompanhá-lo de perto”, analisa

E, durante um mês, Tadeu terá de conviver ainda mais intensamente com esse universo. Isso porque ele praticamente não terá descanso. “Normalmente, em Copa, a gente acorda, toma café da manhã e começa a trabalhar. Depois, a gente termina de trabalhar, janta e vai dormir”, sintetiza.

Dessa vez, Tadeu imagina que o contato com os jogadores da Seleção Brasileira será diferente. “O Dunga já disse que não vai ser um relacionamento tão aberto como foi no último mundial”, conta ele, que ficará hospedado próximo aos jogadores brasileiros. A escalação da seleção, aliás, é assunto mais do que resolvido para o jornalista, que prefere não opinar a respeito. “Acho que já passou a fase de concordar ou discordar do Dunga. O time é esse e a gente vai torcer muito para ele ser campeão”, imagina.

Sobre a final, Tadeu arrisca um palpite clássico. “Gostaria que fosse Brasil e Argentina. Seria a rivalidade no ponto máximo”, diz, bem-humorado.
Essa ironia fina é mesmo marca registrada do jornalista em suas aparições no “Fantástico”. O apresentador, no entanto, demonstra preocupação em dosar informação com brincadeira. “As pessoas que trabalham comigo esperam que eu faça algo mais escrachado do que quero fazer”, admite. “É mais uma coisa bem-humorada do que humor. Tanto que se ninguém rir no final, tudo bem. Para um humorista, isso seria uma tragédia”, pondera.

Luana Borges – Uol

Nenhum comentário:

Postar um comentário