Se alguém tinha uma sombra de dúvida da versatilidade de Alexandre Nero, sua performance como o vilão Gilmar de “Escrito nas estrelas” ajudou a dissipar. O ator surgiu na televisão como o verdureiro Vanderlei de “A favorita” e se destacou na novela de João Emanuel Carneiro mesmo num papel pequeno. Depois, roubou a cena como o peão Terêncio de “Paraíso”. Os dois personagens eram heróis românticos e perdedores, sem agressividade.
Já Gilmar não é um vilão linear. Dependendo da situação, ele cresce em maldade ou em candura. É a própria expressão da dissimulação. Como se não bastasse o revezamento de traços de caráter, esta semana, o ator teve cenas de puro humor ao dialogar com uma câmera escondida atrás de um quadro. Foi um dos melhores momentos dos últimos capítulos.
Por isso também, se alguém ainda tinha alguma dúvida de que Nero é hoje uma das melhores figuras da
TV, já tem motivo de sobra para rever seus conceitos.
Por Patrícia Kogut
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